Governo corta R$ 419 milhões de Defesa, Polícia Federal e Abin
O governo Lula (PT) realizou cortes consideráveis nos recursos de vários setores, entre eles estão a Polícia Federal (PF), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Ministério da Defesa, que foi o mais afetado. Juntando os três órgãos, o corte chegou à faixa de R$ 419 milhões.
A Defesa perdeu R$ 280 milhões durante o ano e afirma que ficou com o menor volume de recursos em uma década. “Tal restrição gera fortes impactos no cumprimento de contratos já firmados (alguns com governos e empresas estrangeiras) dos projetos estratégicos da Defesa e também na manutenção e no custeio das diversas organizações militares em todo o território nacional”, afirma o ministério.
Agora a Defesa ficou com R$ 5,7 bilhões disponíveis em verba discricionária, sem contar recursos de emendas parlamentares e do Novo PAC. Essa verba não está comprometida com salários e outras obrigações, servindo para custear a estrutura do ministério e outros investimentos.
A verba obrigatória – como salários e pensões – das Forças Armadas, porém, aumentou em uma década e alcança cerca de R$ 110 bilhões anuais. A Polícia Federal perdeu R$ 122 milhões com os cortes. Em nota, o órgão afirma que nem sequer foi consultado sobre quais áreas seriam atingidas.
Os cortes ainda atingiram R$ 17 milhões da Abin, o equivalente a cerca de 20% da verba discricionária do órgão. A rubrica de “ações de inteligência”, usada para bancar serviços de tecnologia da informação do órgão e diárias dos agentes, entre outras atividades, foi a que mais perdeu recursos.
Cortes no orçamento
Governo reduziu mais de R$ 4 bilhões em gastos discricionários por regras do novo arcabouço fiscal
- Ministério da Fazenda: Perdeu o maior volume de recursos, R$ 485,8 milhões.
- Ministério da Defesa: Teve R$ 280 milhões cortados. Menor em 10 anos.
- Segurança e inteligência: PF perdeu R$ 122 milhões. Abin teve cerca de 20% da verba cortada
- Ministério da Saúde: De R$ 140 milhões cortados, R$ 107 milhões são para entrega com desconto no Farmácia Popular; pasta diz que ainda não há impacto na distribuição dos produtos e lembra que verba geral do programa foi turbinada
- MEC e Ciência e Tecnologia: Perderam cerca de R$ 280 milhões, somados. Bolsas em universidade e na educação básica estão entre ações atingidas
- Desenvolvimento e Assistência Social: Com cortes de R$ 228 milhões, pasta diz que tem verba limitada para programa Criança Feliz e financiamento de comunidades terapêuticas