O ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos, foi absolvido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) no primeiro dos quatro processos ético-profissionais que enfrenta. O médico foi denunciado por 16 pacientes em Salvador por supostos crimes sexuais.
A decisão foi tomada por unanimidade pela 4ª Câmara do Tribunal de Ética do Cremeb em 30 de abril, com base no voto da relatora do caso. Apesar da absolvição, a medida ainda não é definitiva e pode ser contestada junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM).
Além desse processo, Elziro ainda responde a outras três ações éticas em trâmite no Cremeb. Das sete denúncias originais recebidas pelo conselho, três foram arquivadas por motivos processuais. Em paralelo, o ginecologista também foi indiciado criminalmente por importunação sexual em seis casos pelo Ministério Público da Bahia, em março de 2024, nove meses após as primeiras denúncias virem a público.
O afastamento do médico foi determinado em 19 de abril de 2024, com suspensão das atividades válida até o fim do processo judicial. De acordo com os relatos das vítimas, divulgados pela TV Bahia, Elziro teria realizado procedimentos sem luvas, feito toques considerados abusivos e perguntas de cunho sexual, como se as pacientes desejavam ser masturbadas ou se já haviam praticado sexo anal.
A defesa do ginecologista afirmou que não irá se manifestar enquanto o processo não for concluído e reafirmou o direito à ampla defesa, ao contraditório e à presunção de inocência, conforme previsto na Constituição Federal.
