O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, negou ter disponibilizado tropas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um suposto plano golpista.
“Eu nunca usei essa expressão (colocar as tropas à disposição)”, afirmou. “Eu nunca disponibilizei tropas para ações dessa natureza.”
Em depoimento ao STF, Garnier desmentiu versões apresentadas por outros militares e classificou as acusações como “ilação”. Ele confirmou uma reunião no Alvorada em dezembro de 2022, mas negou que Bolsonaro tenha apresentado um decreto golpista.
“Eu não vi minuta, eu vi uma apresentação na tela de um computador”, explicou.
Os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Almeida Baptista Júnior, afirmaram que Garnier apoiou as intenções de Bolsonaro. O almirante, no entanto, disse que seguiu “à risca” a hierarquia militar e que só questionaria uma ordem “flagrantemente ilegal”.
Garnier também justificou sua ausência na cerimônia de passagem de comando em 2023, alegando compromisso prévio com o governo anterior. Ainda assim, garantiu ter feito a transição institucional conforme o protocolo.
