O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entregou nesta quarta-feira (23) um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento, de 22 páginas, acusa o magistrado de violar a Constituição, agir com parcialidade e promover perseguição ao clã Bolsonaro.
A petição alega que Moraes extrapolou suas funções ao impor restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), incluindo a proibição de contato com autoridades estrangeiras e o bloqueio em redes sociais. Segundo o senador, as decisões “criminalizam manifestações políticas legítimas” e ferem a liberdade de expressão.
Perseguição ideológica e quebra de imparcialidade
Flávio afirma que o ministro agiu como “vítima, investigador e julgador” em processos que envolviam postagens citando seu nome, o que, para o parlamentar, configura falta de isonomia. O texto também critica a interpretação de repostagens de figuras estrangeiras como “interferência externa no Judiciário”.
“Se Lula, mesmo preso, teve assegurado o direito de expressar suas opiniões, por que Jair Bolsonaro, em liberdade e sem condenação, é silenciado por decisão judicial?”, questiona o documento.
Antecedentes polêmicos
O senador relembrou que, em 2019, pressionou contra a CPI da Lava Toga, que investigaria o ministro Dias Toffoli. Na época, Flávio declarou que a proposta geraria “instabilidade política”. Agora, ele justifica o novo pedido como uma resposta a “abusos reiterados” de Moraes.
Confira o documento: pedido impeachment Flávio/Moraes.
