Festival de Cinema do Subúrbio segue com inscrições abertas até dia 8
A data de encerramento das inscrições da Segunda edição do “Ferrovias – Festival de Cinema do Subúrbio” foi prorrogada até o próximo dia 8. A iniciativa tem como objetivo mapear e divulgar produções cinematográficas produzidas por realizadores do Subúrbio de Salvador e filmes que tematizam a região.
Os interessados podem realizar a inscrição através do formulário disponível no site. No preenchimento, é necessário apresentar o RG (frente e verso) e o comprovante de residência, visto que 60% das produções selecionadas serão de realizadores suburbanos.
Os filmes podem ser longas-metragens (mais de 60 minutos) ou curtas-metragens (menos de 30 minutos) de ficção, documentário, animação, videoclipe e/ou experimental. Todos os filmes selecionados pela curadoria para exibição receberão uma premiação.
O coordenador do Ferrovias, Rodrigo Carvalho, esclarece que um dos objetivos principais do festival é ressignificar o discurso frequentemente atrelado à violência quando se pensa no Subúrbio Ferroviário de Salvador. “Queremos trazer o outro lado: o da vida, das artes, das riquezas artísticas e naturais deste território de Salvador”, completa.
Segundo Carvalho, existe uma fragilidade no setor cultural que precisa ser mobilizada para que as pessoas tenham acesso às produções que muitas vezes nunca foram exibidas. “Sabemos que existem muitas produções, mas não há espaço para exibição por falta de equipamentos culturais e de um discurso apropriado. Portanto, esperamos mobilizar os espectadores e criadores da região a conhecer suas obras e divulgá-las”, conclui.
O festival ocorrerá no Centro Cultural de Plataforma, na Praça São Braz, s/n. A programação contará também com oficinas itinerantes, atividades formativas e apresentações artísticas para integrar o público, fomentando e valorizando uma rede das artes para além do cinema.
A primeira edição do festival ocorreu em agosto de 2023 em quatro espaços comunitários do Subúrbio: o Acervo da Laje, o Quilombo do Tubarão, o Centro Cultural de Plataforma e a Escola Comunitária Nossa Senhora de Fátima, envolvendo realizadores, estudantes, líderes comunitários e espectadores locais. A curadoria abordou temas como memória, patrimônio e questões sociais através de 15 filmes.