As exportações baianas sofreram uma queda significativa em maio, atingindo US$ 800,9 milhões, uma redução de 15,4% em relação ao mesmo período de 2024. Segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), o recuo foi influenciado tanto pela diminuição no volume (-13,5%) quanto pela queda nos preços (-2,2%).
A indústria foi a principal responsável pela retração, com destaque para a queda nas vendas de derivados de petróleo (-80,3%), produtos químicos (-19%), papel e celulose (-17,5%) e produtos metalúrgicos (-12%). O petróleo foi o mais afetado, com volume despencando 76,7% devido à queda nas cotações internacionais.
Por outro lado, o setor agrícola apresentou crescimento no volume exportado (28,7%), mas os preços médios caíram 11,4%, pressionados pela redução no valor da soja (-10,5%). Já a indústria extrativa cresceu 4,8%, impulsionada pelas vendas de ouro, considerado um ativo seguro em cenários de incerteza.
Nas importações, a queda foi ainda mais acentuada: 58% em valor e 53,4% em volume. No entanto, bens de consumo e de capital registraram altas de 23,7% e 75,7%, respectivamente, refletindo a demanda interna aquecida e os investimentos em setores como veículos e máquinas.
Os dados, compilados a partir da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que, apesar da queda em maio, o acumulado do ano ainda está 2,6% acima de 2024.