A advogada Larissa Ferrari denunciou o jogador Dimitri Payet, do Vasco, por agressões físicas, psicológicas, morais e sexuais. De acordo com ela, os abusos ocorreram durante um relacionamento extraconjugal com o atleta francês. Diante disso, Larissa solicitou uma medida protetiva de urgência e apresentou imagens de hematomas que teriam sido causados durante o suposto envolvimento com o camisa 10 do clube carioca.
Atualmente casado há 18 anos com Ludivine Payet, com quem tem quatro filhos, o jogador é alvo de dois boletins de ocorrência — um registrado no Paraná, em 30 de março, e outro no Rio de Janeiro, em 29 do mesmo mês.
No primeiro registro, feito em União da Vitória (PR), Larissa afirmou que o jogador mantinha um comportamento agressivo e controlador. Além disso, relatou que passou a receber ameaças veladas após retornar à cidade. Entre as frases citadas estão: “Vou mandar alguém para te deixar segura” e “Vou mandar alguém aí para cuidar de você”. Como resultado, um inquérito foi instaurado para apurar os fatos.
Em entrevista ao jornal Extra, a advogada deu mais detalhes sobre a relação com o atleta. Segundo ela, era submetida a humilhações constantes e atos degradantes, os quais eram impostos como forma de “punição”, especialmente quando o jogador demonstrava ciúmes.
“Ele me pedia para beber minha própria urina, me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. É difícil falar e ver esses vídeos. Cheguei a beber água do vaso. Eu não consigo acreditar. Quando falo disso, nem gosto de olhar para a câmera porque me sinto envergonhada”, relatou.
Larissa também revelou que é diagnosticada com transtorno de personalidade borderline e que, segundo ela, Payet se aproveitava dessa condição para manipulá-la e obter vantagens sexuais. “Ele sabia da minha fragilidade emocional e usava isso contra mim”, declarou.
Além disso, o segundo boletim de ocorrência, feito no Rio de Janeiro, relata uma suposta agressão ocorrida em dezembro de 2023. Conforme o relato, durante um encontro na capital fluminense, o jogador teria ameaçado Larissa dentro do carro. “Foi a primeira vez que o vi tão agressivo. Ele disse que eu tinha sorte de ter conhecido ele num momento bom, porque, se fosse em outro, meu fim seria diferente”, afirmou.
A partir desse episódio, as agressões teriam se intensificado. Por isso, segundo Larissa, ela decidiu tornar o caso público, apesar do receio em relação aos julgamentos. “Sabia que seria julgada, mas entre isso e minha segurança, escolhi me proteger. Não fiz isso para aparecer, mas porque era necessário”, disse.
Até o momento, Dimitri Payet não se pronunciou sobre as acusações. O jornal Extra informou que entrou em contato com o jogador e sua assessoria, mas não obteve resposta.