Em uma década, capital baiana reduz mais da metade os números de acidentes e mortes no trânsito

 Em uma década, capital baiana reduz mais da metade os números de acidentes e mortes no trânsito
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Em dez anos, o número de mortes em decorrência de acidentes de trânsito na capital baiana diminuiu de 247 registradas em 2012, para 109, em 2022, menor índice do período. Essa queda representa uma redução de cerca de 56% nas fatalidades, preservando ainda mais a vida dos cidadãos que vivem em Salvador. Neste período também houve uma redução de 57% na quantidade de acidentes, passando de 6.827, em 2012, para 2.946, no ano passado.   

A quantidade de pessoas feridas também diminuiu mais da metade na última década. Em 2012, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) registrou 6.962 vítimas não fatais devido aos acidentes nas ruas da cidade. Esse número passou para 3.383 em 2022, ou seja, diminuição de 51%.   

Levando em consideração apenas a quantidade de veículos emplacados na capital, percebe-se que essas reduções foram inversamente proporcionais ao aumento da frota, ou seja, mesmo com o número de veículos circulando na cidade aumentando, a quantidade de fatalidades reduziu. Em 2012, Salvador tinha cerca de 821 mil veículos emplacados. Esse número passou para mais de 1 milhão em dezembro de 2022.   

Para o superintendente de trânsito de Salvador, Decio Martins, essas reduções comprovam a importância das ações realizadas pela autarquia municipal de trânsito em barrar a quantidade de acidentes com mortes. “Mais vidas foram preservadas em decorrência de investimentos em diversas ações feitas pela Prefeitura de Salvador na última década. Os números refletem as melhorias que vemos nas ruas. Com obras de mobilidade, ações de educação para o trânsito, requalificações, intensificação da fiscalização e alterações em prol do interesse público, mais ainda, em prol da vida”, explica.   

Melhorias

Nos últimos anos, por meio da Transalvador, houve investimento em obras de requalificação viária, modificações de desenhos urbanísticos e implementado iniciativas que deram resultados exitosos internacionalmente. Alguns exemplos dessas iniciativas são as Regiões de Trânsito Calmo, como na Pituba, implantada em 2019, que representou uma redução de 22% no número de vítimas de acidentes de trânsito no bairro desde então.   

Outra novidade que surtiu efeitos benéficos foi a realização diária das blitze de alcoolemia, que em 2022 foram completamente renovadas. As abordagens para coibir que condutores dirijam após terem consumido bebida alcoólica passaram a ser chamadas de Operação Respeite a Vida, com o slogan “Na Direção, Zero Álcool”. A mudança teve o objetivo de reforçar na população a importância de não ingerir álcool para evitar acidentes de trânsito.   

Na década anterior, de 2011 a 2020, Salvador atingiu a meta da ONU com sete anos de antecedência, em 2017, quando foram registradas 121 mortes no trânsito.  Dessa forma, conseguiu reduzir em cerca de 55% a quantidade de óbitos em comparação com o ano de 2010. Depois de 2017, os registros de fatalidade nunca foram maiores do que a metade do registrado há dez anos.  

Em 2021, Salvador se tornou a primeira cidade do Brasil a assinar uma carta renovando o compromisso com a ONU de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito na década de 2021-2030. Com isso, a capital baiana se juntou a outras grandes cidades do mundo com o objetivo de continuar tendo um trânsito mais humano e respeitoso.  

Houve ainda a evolução no investimento nas ações de educação para o trânsito. Em dez anos, mais de 57 mil crianças assistiram a palestras educativas em cerca de 750 escolas visitadas. Cursos e palestras também foram oferecidos gratuitamente para cerca de 220 empresas, atingindo mais de 10 mil funcionários.    

Em 2020, a administração municipal passou a contar com a parceria da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Viária, entidade sem fins lucrativos que investe em soluções nas áreas da saúde pública, meio ambiente, educação, inovação do governo e artes e cultura. Nos últimos 14 anos, investiu em diversos países para conter mortes e ferimentos causados por acidentes de trânsito.   

Algumas obras tiveram papel fundamental no processo de promoção da fluidez do tráfego e de preservação de vidas no trânsito, como, por exemplo, as requalificações da Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana) e de trechos de orla, a exemplo da Barra; a implantação do mergulhão Tati Moreno na Avenida Magalhães Neto; a criação de vias, como a Mãe Stella de Oxóssi; o avanço do projeto Nova Tancredo Neves e a implantação de mais de 310 km de rede cicloviária. Medidas que contribuíram para que Salvador fosse reconhecida como uma das capitais que mais preservam vidas no trânsito.   

“Nesta gestão do prefeito Bruno Reis vamos continuar com esse propósito de investir em estratégias que promovam a fluidez com preservação de vidas. O nosso intuito é zerarmos os registros de vítimas de acidentes no trânsito da cidade. Para isso, esperamos contar com o apoio da população. É unindo formas que vamos manter Salvador como a capital exemplo de segurança viária”, afirma Decio Martins.