O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou, nesta terça-feira (18), que se licenciará de seu mandato e permanecerá nos Estados Unidos para buscar punições contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Eduardo afirmou que se dedicará a combater Moraes, acusando-o de abusos de poder, e declarou que seu objetivo de vida será fazer o ministro “pagar por sua crueldade”.
O deputado também criticou o “regime de exceção” no Brasil e afirmou que não se acovardará diante das ações do Supremo. A decisão de se afastar foi tomada após consultas com o governo de Donald Trump e com aliados no Congresso dos Estados Unidos, durante a participação de Eduardo na conferência de movimentos ultraconservadores, a CPAC, em Washington, no mês passado. O afastamento do mandato pode durar até 120 dias sem remuneração, conforme a Constituição.
A declaração de Eduardo ocorre em um momento tenso, a uma semana do STF julgar se o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, será processado por tentativa de golpe de Estado.
Segundo o parlamentar, “não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump caso não tivesse sido reeleito em 2024”. No entanto, não há indícios concretos ou provas que corroborem essas acusações.
Eduardo Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele e “cúmplices” no Supremo Tribunal Federal (STF) usam o mandato do deputado como uma “ferramenta de chantagem”, tentando coagir e impedir que ele represente os interesses do país. “Estão tentando usar meu mandato como cabresto, como instrumento para me prender e impedir que eu lute por um Brasil melhor”, disse.
Além disso, o deputado anunciou que, enquanto permanecer nos Estados Unidos, buscará uma anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e fará articulações internacionais em favor de “eleições limpas” e com a participação da oposição em 2026. Embora tenha feito essas declarações, Eduardo não apresentou provas de suas alegações, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não emitiu qualquer ordem relacionada a essas questões.