O dólar caiu para R$ 5,60 nesta quinta-feira (3), puxado pela forte desvalorização do petróleo e pelo temor de recessão nos Estados Unidos. O aumento da aversão ao risco também derrubou as bolsas internacionais, reflexo das novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.
O presidente dos EUA anunciou tarifas mínimas de 10% sobre as importações brasileiras, com validade a partir de 5 de abril. Outros países também foram afetados: China (34%), África do Sul (30%), Japão (24%) e União Europeia (20%). O aço e o alumínio seguem com taxa de 25%, sem novos acréscimos. Além disso, todos os carros fabricados fora dos EUA passam a ser tarifados em 25% a partir de hoje.
O petróleo perdeu quase 6% no mercado internacional, pressionando moedas emergentes ligadas a commodities, como o real. Por volta das 9h20, o dólar atingiu R$ 5,6070, o menor valor intradiário desde outubro de 2023.
No Brasil, a comissão que discute a ampliação da isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil terá Rubens Pereira Júnior (PT-MA) na presidência e Arthur Lira (PP-AL) como relator. O PP pretende ampliar a isenção de tributação sobre dividendos de R$ 50 mil para R$ 100 mil mensais, aplicando uma taxa de 10% sobre valores acima desse limite.
O Citi estima que as tarifas de 10% sobre importações americanas podem reduzir em 9% o Ebitda da Embraer em 2025, impacto já refletido na queda das ações da empresa. Enquanto isso, a União Europeia definirá no dia 9 de abril possíveis retaliações às tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio.
