Após o feriado de Carnaval, o dólar comercial encerrou a quarta-feira (5) em queda de 2,71%, sendo vendido a R$ 5,756. Esse foi o maior recuo diário desde outubro de 2022, quando a moeda norte-americana desvalorizou 4,03% após o primeiro turno das eleições presidenciais. No acumulado de 2025, o dólar já registra uma baixa de 6,86%.
A desvalorização ocorreu em meio a sinais de desaceleração da economia dos Estados Unidos e à decisão do presidente Donald Trump de postergar para abril o aumento de tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá. O anúncio, feito no fim da tarde, intensificou o movimento de queda da moeda.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, registrou alta de 0,2%, encerrando o pregão aos 123.047 pontos. Apesar do desempenho positivo, o otimismo foi contido pela desvalorização de empresas do setor de petróleo no cenário global.
O barril do petróleo tipo Brent, referência no mercado internacional, caiu 2,36%, cotado a US$ 69,46. A queda foi impulsionada pelo aumento dos estoques da commodity nos EUA e pelas expectativas de que a Opep+ aumente a produção em abril.
As ações da Petrobras seguiram a tendência global, com os papéis ordinários caindo 4,61% e os preferenciais recuando 3,65%.
O cenário reflete uma combinação de fatores externos e internos, com investidores atentos à política monetária dos Estados Unidos e aos desdobramentos das relações comerciais do país com seus principais parceiros.
