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Daniel Alves se apresenta pela primeira vez a tribunal após ser solto

 Daniel Alves se apresenta pela primeira vez a tribunal após ser solto

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Três dias após pagar multa milionária e sair da prisão em liberdade provisória, Daniel Alves se apresentou pela primeira vez ao Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, nesta quinta-feira (28), em Barcelona, na Espanha. A medida é uma das que o ex-jogador precisa cumprir para continuar fora da cadeia, enquanto os recursos são analisados pela Justiça espanhola.

Acompanhado da sua advogada, Inés Guardiola, o brasileiro foi ao Tribunal. A Justiça espanhola determinou que o jogador se apresentasse toda sexta, mas o primeiro comparecimento ocorreu nesta quinta devido ao feriado de Sexta-Feira Santa. Dez comparecimentos equivalem a um dia de prisão cumprido, para efeitos de uma sentença condenatória definitiva.

Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro. Ele deixou o Centro Penitenciário Brians 2 na segunda-feira (25), com o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões). Ele passou 14 meses em prisão preventiva.

Liberdade provisória

Após o pagamento da fiança, Daniel fica fora da prisão enquanto os recursos são analisados. Durante todo esse período o ex-jogador ficará com os passaportes brasileiro e espanhol retidos, além do afastamento de 1km e incomunicabilidade com a vítima, além de não deixar a Espanha e se apresentar ao tribunal semanalmente. O jogador teve o pedido de liberdade provisória aceito depois de cinco negados.

Recursos podem alongar processo

A expectativa é que os recursos na sala de apelação do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha sejam deliberados nos próximos meses. Todas as partes recorreram da sentença: a defesa de Daniel Alves pede absolvição; o Ministério Público e os advogados da vítima demandam pena máxima, de 12 anos. O caso ainda pode ser levado até o Tribunal Supremo, órgão jurídico de última instância na Espanha.

Como a pena de prisão imposta foi baixa, a defesa do jogador acredita que os argumentos caiam. Antes do julgamento, a parte denunciante pedia sanção máxima, e o Ministério Público propôs nove anos de cárcere.