Crianças em tratamento de saúde mantêm rotina escolar com aulas em hospitais e clínicas em Salvador
Uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), tem garantido que crianças, adolescentes, jovens e adultos mantenham sua formação escolar mesmo sem estarem presentes em sala de aula. A Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, localizada em Amaralina, fomenta a educação com profissionais que atuam em hospitais, clínicas, casas de apoio, residências e casas lares, prestando atendimento aos estudantes em processo de tratamento de saúde ou internamento hospitalar.
Com isso, é possível oportunizar um processo educativo que assegure o direito à vida e à saúde, estimulando a escolarização de todos, com redução do nível de atraso escolar. Hoje, atuam pela iniciativa 24 pedagogos, três professores de música, uma coordenadora pedagógica, além de uma vice-diretora e uma diretora. O trabalho é feito em dez hospitais, três clínicas, duas casas de apoio, três casas lares e 16 domicílios de residência. Hoje, a iniciativa conta com 214 alunos matriculados, mas o número de atendidos é muito maior.
De acordo com a vice-diretora Leyliane de Paula Vidal, que há 16 anos atua com educação hospitalar e domiciliar, o trabalho da Escola Hospitalar contribui para minimizar as defasagens escolares durante o período de hospitalização. “Damos continuidade ao currículo escolar do estudante. Sendo assim, ele pode, dentro de suas possibilidades e condições de saúde, ter o mesmo sucesso, aprovação e êxito em avaliações, assim como outros estudantes que estão continuamente na escola comum”, enfatizou.
Criação
A iniciativa foi criada em 2001, ainda com o nome de Classe Hospitalar e Domiciliar, através do Projeto Vida e Saúde, em parceria com o Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce. Em 2002, houve uma ampliação das aulas em vários hospitais e domicílios através do Programa Criança Viva.
Em 2011, o Programa Criança Viva e o Projeto Vida e Saúde passaram a ter um só nome: Classes Hospitalares e Domiciliares no município de Salvador. A partir de outubro de 2015, surge então a Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, com este nome em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, por ser ela uma figura que se voltava para a educação e saúde.