A confiança dos empresários da Bahia registrou uma discreta alta em setembro, interrompendo a forte queda observada no mês de agosto. Apesar do avanço, o indicador permanece em território negativo pelo vigésimo mês consecutivo, refletindo um cenário de pessimismo moderado no estado.
O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), passou de -161 para -149 pontos entre agosto e setembro. A melhora de 12 pontos, no entanto, foi insuficiente para compensar o recuo de 28 pontos captado no período anterior.
De acordo com Luiz Fernando Lobo, especialista da SEI, “ao longo desses nove meses de 2025, o indicador de confiança do empresariado baiano não assumiu uma tendência, seja de avanço ou de retrocesso”.
A recuperação não foi uniforme entre os setores. Enquanto a Agropecuária apresentou a maior expansão, o grupamento de Serviços foi o único a recuar. Apesar das variações, nenhuma das quatro áreas alcançou uma avaliação positiva. Os resultados foram: Agropecuária (-71), Comércio (-88), Indústria (-146) e Serviços (-182), este último com o pior nível.
Entre os temas avaliados, as expectativas mais desfavoráveis do empresariado baiano giraram em torno de crédito, situação financeira e PIB estadual. Inflação, juros e vendas foram os únicos itens com perspectivas menos negativas.
O especialista da SEI ressalta um aspecto positivo: “vale destacar que, mesmo diante das oscilações ao longo do ano, a percepção do empresariado baiano quanto ao futuro se encontra melhor agora do que no início de 2025, já que o saldo líquido do ICEB no intervalo de janeiro a setembro ainda se mostra positivo”.
