Confiança do setor produtivo baiano emendou terceira alta seguida em julho

 Confiança do setor produtivo baiano emendou terceira alta seguida em julho

Foto: Divulgação/Acelen

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O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -20 pontos em julho numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos. Trata-se da maior pontuação desde outubro de 2022.

Em julho, portanto, houve avanço do nível de confiança nos comparativos mensal e anual. Quanto a junho, quando o indicador havia sido de -37 pontos, o aumento foi de 17 pontos, emendando a terceira alta mensal seguida. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve expansão de 51 pontos, já que o ICEB havia sido de -71 pontos à época – terceira elevação consecutiva nessa base comparativa.

Entretanto, o técnico da SEI Luiz Lobo sinaliza que “mesmo com o terceiro aumento seguido e o maior patamar dos últimos nove meses, não há garantia de que a confiança do setor produtivo baiano continuará melhorando”. O técnico alerta que “a trajetória de recuperação recente vem sendo marcada por perda reiterada de intensidade, o que pode indicar certo esgotamento desse processo”.

Além disso, segundo o técnico, “o ambiente de negócios, sob o entendimento dos empresários locais, ainda vem sendo um fator que pressiona para baixo o indicador de confiança local”.

Com -20 pontos em julho, o ICEB registrou a nona pontuação seguida abaixo de zero. Assim, apesar da alta na margem, o referido indicador ainda se manteve na zona de Pessimismo Moderado. A permanência do indicador abaixo de zero sugere certa reserva do empresariado baiano quanto aos rumos futuros da economia e dos negócios.

A elevação do nível de confiança de junho a julho não aconteceu de forma generalizada, visto que não ocorreu em dois dos quatro setores (Indústria e Comércio). A alta em relação a julho do ano passado repercutiu em três das atividades (Indústria, Serviços e Comércio). A não disseminação da alta entre os setores pode ser vista como sinal de descrença na continuidade de recuperação da confiança no curto prazo.

Ao final, em julho, dois dos setores assinalaram pontuação superior a zero: a Agropecuária, com 20 pontos; e a Indústria, com 5 pontos. As demais pontuações foram: Serviços, -24 pontos; e Comércio, -73 pontos. Dessa forma, o setor agropecuário foi o de melhor resultado, enquanto a atividade de Comércio expôs o menor nível de confiança.

Do conjunto avaliado de temas, os itens crédito, situação financeira e PIB estadual foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, inflação e PIB nacional apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.