Confiança do empresariado baiano recua em fevereiro e anula reação do início do ano
O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -62 pontos em fevereiro, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – confirmando um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto) e voltando a ficar abaixo de zero após registro positivo no mês anterior. Trata-se do menor patamar desde maio de 2023 (-70 pontos).
No mês, a confiança regrediu em relação a janeiro (quando o indicador marcou 10 pontos) e avançou em comparação a fevereiro de 2023 (registro de -94 pontos). Em comparação ao mês imediatamente antecedente, ocorreu uma queda de 72 pontos – suficiente para sobrepujar a alta em janeiro (elevação de 66 pontos). Quanto ao registrado um ano antes, o indicador aumentou 32 pontos, a quarta subida consecutiva nessa base comparativa.
Dessa forma, como sinaliza Luiz Fernando Lobo, integrante técnico da SEI, “a melhora da perspectiva empresarial no primeiro mês do ano foi completamente anulada agora e a percepção dos empresários baianos voltou a ser de um cenário menos favorável”. Entretanto, segundo Lobo, vale salientar que “o recuo do momento parece mais uma acomodação do que uma tendência de deterioração das expectativas”.
No que se refere aos setores, a contração do nível de confiança de janeiro a fevereiro não aconteceu de forma generalizada, visto que não ocorreu em um dos quatro grupamentos (Agropecuária, no caso). A alta em relação a fevereiro do ano passado, por outro lado, repercutiu em duas das quatro atividades (Indústria e Serviços).
Em fevereiro, nenhum dos setores assinalou pontuação superior a zero. As pontuações foram: Agropecuária, -71 pontos; Indústria, -69 pontos; Serviços, -42 pontos; e Comércio, -135 pontos. Dessa forma, o setor de Serviços foi o de melhor resultado pela segunda vez em sequência, enquanto a atividade de Comércio expôs o menor nível de confiança.
Do conjunto avaliado de assuntos, os temascrédito, situação financeira e capacidade produtiva foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, inflação e PIB nacional apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.