Um capitão da Polícia Militar da Bahia foi preso, nesta quinta-feira (11), suspeito de integrar uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de armas para facções. A detenção ocorreu durante a Operação Zimmer, que cumpriu mandados em seis estados.
Mauro Grunfeld é investigado por crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídio doloso. As apurações indicam que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 10 milhões entre 2021 e 2023. O militar atuava como negociador do esquema.
Esta é a terceira vez que o oficial é detido. Ele já havia sido preso em maio e julho de 2024 no âmbito da Operação Fogo Amigo, que investigava venda de armas para facções da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Solto após decisões judiciais, teve a prisão decretada novamente após recurso do Ministério Público.
As investigações revelaram que Grunfeld ostentava estilo de vida luxuoso, com fotos em iates e viagens internacionais. Seu nome também foi vinculado à Operação Skywalker, que apura a atuação do Comando Vermelho em Feira de Santana. Ele foi citado por receber quantia expressiva de empresa suspeita de lavar dinheiro da facção.
Em nota, a PM-BA informou que a Corregedoria cumpriu o mandado “diante da necessidade de aprofundar investigações sobre o eventual envolvimento do militar em crimes tipificados na Lei de Drogas”. A corporação reiterou seu “compromisso permanente com a legalidade, a disciplina institucional e a ética profissional”.
A megaoperação mobilizou aproximadamente 400 agentes e resultou em 39 prisões. Foram cumpridos mais de 90 mandados e determinados o bloqueio de R$ 100 milhões e o sequestro de bens. A Polícia Civil detalhou que a investigação identificou uma complexa associação criminosa responsável pelo abastecimento e preparação de entorpecentes, além da utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores.











