O câncer de mama foi responsável por 1,4 mil óbitos no estado da Bahia em 2024, mantendo-se como a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. As informações são do Info Câncer de Mama 2025, estudo elaborado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) que detalha a incidência e a mortalidade pela doença.
A análise estima que 4,3 mil novos diagnósticos foram registrados no estado no último ano, o que representa uma taxa de 43,8 ocorrências para cada 100 mil habitantes do sexo feminino. A capital soteropolitana, no entanto, apresenta um patamar superior, com 64,3 casos por 100 mil mulheres.
Em relação aos óbitos, a neoplasia mamária respondeu por 16% de todas as mortes femininas por câncer. A taxa de mortalidade específica ficou em 17,5 para cada 100 mil baianas, a mais elevada entre os tumores malignos. O economista Jadson Santana, técnico da SEI, contextualiza a tendência histórica.
“Vale destacar que essa taxa vem subindo gradualmente desde os anos 1960 no Brasil devido a mudanças no padrão de mortalidade, com a redução dos casos relacionados a doenças infectocontagiosas e aumento das ocorrências por problemas cardiovasculares e neoplasias malignas, resultado de alterações nos padrões comportamentais”, explicou o profissional, responsável pela consolidação e avaliação das informações.
No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a doença correspondeu a menos de 1% das internações, totalizando aproximadamente 5 mil procedimentos. O período médio de internação foi de 3,3 dias, com uma letalidade hospitalar de sete mortes a cada mil pacientes internadas.
A publicação ressalta a importância de iniciativas como o Outubro Rosa para promover a conscientização e o rastreamento precoce, sobretudo por mamografia. O risco de desenvolver a doença e de falecer em decorrência dela cresce de forma considerável a partir dos 50 anos, faixa etária em que o exame se torna fundamental.