Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), Jair Bolsonaro (PL) negou ter agido contra a Constituição e afirmou que críticas às urnas eletrônicas não partiram apenas dele.
“Vossa excelência e o ministro [Luiz] Fux não me viram agir contra a Constituição. Eu agi dentro das quatro linhas o tempo todo. Às vezes eu me revoltava, falava palavrão, mas fiz aquilo que devia ser feito”, declarou o ex-presidente, segurando um exemplar da Carta Magna durante sua fala.
Bolsonaro destacou que questionava o sistema eleitoral desde 2012 e citou declarações de figuras como Flávio Dino e Carlos Lupi para reforçar que outras vozes, inclusive de oposição, também levantaram suspeitas.
O depoimento, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, integra o processo sobre suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
A PGR acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa para anular os resultados eleitorais. Segundo a denúncia, o ex-presidente discutiu medidas excepcionais com militares e promoveu desinformação sobre as urnas.
A defesa nega as acusações, alegando falta de provas concretas. O caso segue em análise no STF, com depoimentos de outros envolvidos, como generais e ex-auxiliares.