Bahia tem maior taxa de desemprego do país em 2025, apesar de queda geral no Brasil
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Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil
Enquanto o Brasil registrou a menor taxa de desemprego já registrada, a Bahia e Pernambuco encerraram 2025 liderando o ranking do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como os estados com maior índice de desocupação. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (14), apontam que a taxa anual de desemprego nacional ficou em 6,6%, uma redução de 1,2% em relação a 2023, quando o índice era de 7,8%. Já a Bahia e Pernambuco apresentaram uma taxa de 10,8%, a mais alta do país.
Apesar do cenário ainda preocupante, a Bahia seguiu a tendência nacional e registrou uma queda no desemprego em comparação com anos anteriores. O Distrito Federal apareceu logo em seguida, com 9,6% de desocupação. Já os estados com os menores índices foram Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).
Ao todo, 14 estados alcançaram a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012. São eles: Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Alagoas (7,6%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%).
Subutilização da força de trabalho e informalidade
O IBGE também analisou a taxa de subutilização da força de trabalho, que considera não apenas o desemprego, mas também a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial. A taxa média nacional foi de 16,2%, enquanto a Bahia apresentou um dos índices mais elevados do país, com 28,9%, ficando atrás apenas do Piauí (32,7%). Já os estados com os menores índices foram Santa Catarina (5,5%), Rondônia (7,0%) e Mato Grosso (7,7%).
Outro dado relevante foi a taxa de informalidade, que atingiu, em média, 39% da população ocupada no Brasil. Na Bahia, esse índice foi superior à média nacional, chegando a 51,4%. Os estados com os maiores níveis de informalidade foram Pará (58,1%), Piauí (56,6%) e Maranhão (55,3%). Em contrapartida, os menores índices foram registrados em Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).
Mesmo com avanços na redução do desemprego, os números reforçam desafios estruturais no mercado de trabalho da Bahia, que segue com altas taxas de desocupação e informalidade em comparação com outras regiões do país.