19 de fevereiro de 2025
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Bahia tem maior taxa de desemprego do país em 2025, apesar de queda geral no Brasil

 Bahia tem maior taxa de desemprego do país em 2025, apesar de queda geral no Brasil

Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil

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Enquanto o Brasil registrou a menor taxa de desemprego já registrada, a Bahia e Pernambuco encerraram 2025 liderando o ranking do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como os estados com maior índice de desocupação. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (14), apontam que a taxa anual de desemprego nacional ficou em 6,6%, uma redução de 1,2% em relação a 2023, quando o índice era de 7,8%. Já a Bahia e Pernambuco apresentaram uma taxa de 10,8%, a mais alta do país.

Apesar do cenário ainda preocupante, a Bahia seguiu a tendência nacional e registrou uma queda no desemprego em comparação com anos anteriores. O Distrito Federal apareceu logo em seguida, com 9,6% de desocupação. Já os estados com os menores índices foram Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).

Ao todo, 14 estados alcançaram a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012. São eles: Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Alagoas (7,6%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%).

Subutilização da força de trabalho e informalidade

O IBGE também analisou a taxa de subutilização da força de trabalho, que considera não apenas o desemprego, mas também a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial. A taxa média nacional foi de 16,2%, enquanto a Bahia apresentou um dos índices mais elevados do país, com 28,9%, ficando atrás apenas do Piauí (32,7%). Já os estados com os menores índices foram Santa Catarina (5,5%), Rondônia (7,0%) e Mato Grosso (7,7%).

Outro dado relevante foi a taxa de informalidade, que atingiu, em média, 39% da população ocupada no Brasil. Na Bahia, esse índice foi superior à média nacional, chegando a 51,4%. Os estados com os maiores níveis de informalidade foram Pará (58,1%), Piauí (56,6%) e Maranhão (55,3%). Em contrapartida, os menores índices foram registrados em Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).

Mesmo com avanços na redução do desemprego, os números reforçam desafios estruturais no mercado de trabalho da Bahia, que segue com altas taxas de desocupação e informalidade em comparação com outras regiões do país.

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