Bahia impulsiona liderança do Brasil nas exportações de algodão

Foto: Divulgação, Banco do Nordeste

O Brasil é o terceiro maior produtor de algodão do mundo e, neste ano, se consolidou como o principal exportador global da fibra, superando os Estados Unidos, que ocupava a posição há duas décadas. Dentre os produtores, a Bahia desempenha um papel importante: é o segundo maior do país, atrás apenas do Mato Grosso. Juntos, os dois estados respondem por 90% da produção brasileira, de acordo com dados do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste.

No ano comercial de 2024/2025, foram produzidas 4,11 milhões de toneladas, enquanto o volume de exportação no mesmo período alcançou 2,83 milhões de toneladas de algodão em pluma, gerando uma receita de US$ 4,85 bilhões, um aumento de 6% em relação ao ciclo anterior.

Grande parte dos cotonicultores baianos participam dos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e Better Cotton, o que agrega valor à fibra no mercado internacional e posiciona o algodão brasileiro entre os melhores do mundo. Essa adesão fortalece diretamente o programa Cotton Brazil, promotor do produto nacional em mercados estratégicos como Índia, Vietnã, Paquistão e Egito, que são os principais compradores da fibra brasileira.

No oeste baiano, o produtor Sérgio Pitt, cliente do Banco do Nordeste desde a década de 1990, tem colhido bons frutos dessa parceria. Ao longo de quase 30 anos de relacionamento com o BNB, o proprietário da Fazenda Bela Vista realizou diversas operações voltadas à exportação do algodão produzido em sua propriedade. A mais recente delas no montante de mais de R$ 12 milhões, em contratos que viabilizaram a comercialização internacional da fibra baiana.

“Sou cliente do BNB desde 1998 e, ao longo desses anos, tenho contado com o apoio financeiro da instituição para o custeio e os investimentos na cultura do algodão. O crédito oferecido pelo BNB, especialmente com recursos do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), é competitivo e tem sido fundamental para o crescimento da minha produção. Esse suporte foi decisivo para impulsionar meu negócio e contribuir para o fortalecimento do algodão baiano, que hoje tem papel de destaque na liderança do Brasil nas exportações da fibra”, enfatizou o produtor.

Investimentos do BNB fortalecem o agronegócio baiano

Além do desempenho nas exportações, os investimentos do Banco do Nordeste reforçam a relevância da cadeia produtiva do algodão baiano. Até setembro de 2025, o BNB aplicou R$ 513 milhões no setor, um crescimento de 124% em relação aos R$ 228 milhões investidos no mesmo período do ano anterior.

Esse avanço significativo evidencia a capacidade da cotonicultura de gerar renda e empregos no agronegócio baiano, como destacou o superintendente estadual do BNB na Bahia, Pedro Lima Neto. “O algodão produzido na Bahia se destaca não somente pelo volume, mas sobretudo pela qualidade, sustentabilidade e competitividade que o posiciona entre os mais valorizados no mercado internacional. O Banco do Nordeste tem atuado em todas as etapas da cadeia produtiva do algodão, desde o financiamento para custeio até o apoio à logística e comercialização do produto. Desse modo, estamos certos de que a presença do produto baiano em mercados estratégicos tem sido fator preponderante para a manutenção da liderança do Brasil na exportação da fibra”, pontuou.

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