A Bahia consolidou um primeiro semestre de forte recuperação no mercado de trabalho, com 67.533 novos postos formais criados entre janeiro e junho de 2025. O crescimento de 3,16% no total de vínculos celetistas supera tanto a média nacional (2,59%) quanto a regional (2,06%), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O mês de junho marcou o sexto período consecutivo de saldo positivo, com 7.984 vagas líquidas. Embora o resultado represente uma desaceleração frente aos 12.986 postos gerados em maio, o acumulado do ano já ultrapassa em 11 mil as contratações realizadas no mesmo período de 2024. “A geração de postos de trabalho com registro em carteira na Bahia continua surpreendendo em 2025”, avalia Luiz Fernando Lobo, especialista da SEI.
O setor de serviços emerge como principal motor das contratações, respondendo por 36.950 das vagas criadas no semestre – mais da metade do total estadual. A indústria geral aparece em segundo lugar (13.575), seguida por construção civil (7.933), atividade que havia fechado junho com saldo negativo. Comércio e agropecuária completam o quadro positivo, com 2.535 e 6.544 novas vagas respectivamente.
No cenário nacional, a Bahia ocupa a sexta posição em volume absoluto de empregos gerados, com desempenho que a coloca como líder no Nordeste. Quando considerado o crescimento percentual, o estado aparece em nono lugar no ranking nacional e em segundo na região, atrás apenas do Piauí.
Os números refletem um mercado de trabalho em gradual recuperação, com 2.205.413 vínculos ativos registrados em junho – aumento de 0,36% sobre o mês anterior. Apesar da leve queda no ritmo das contratações, a trajetória ascendente mantém o estado como um dos destaques na geração de oportunidades formais de trabalho no país.
