O governo baiano articula com o Ministério do Desenvolvimento a retirada de produtos do estado da lista de taxação imposta pelos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (4), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, reuniram-se com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para discutir medidas contra a sobretaxa de 50% que entra em vigor nesta quarta-feira (6).
A proposta inclui negociações para isenção de itens como celulose, derivados de cacau e pneus, que representam 8,3% das exportações baianas aos EUA. No primeiro semestre de 2025, o estado vendeu mais de US$ 45 milhões em manteiga e óleo de cacau ao mercado americano.
“Vamos trabalhar para que esses produtos que impactam na Bahia possam ser retirados da lista”, afirmou Jerônimo. Alckmin reforçou a necessidade de parceria entre setor público e privado para reduzir alíquotas e ampliar exclusões. Medidas federais de apoio às empresas afetadas devem ser anunciadas em breve.
Segundo a Fieb, 332 dos 389 produtos taxados são baianos, com risco de perda de R$ 1,3 bilhão (0,27% do PIB) e ameaça a 211 mil empregos em polos industriais como Camaçari e Feira de Santana. O governo e a federação criaram um grupo de trabalho para enfrentar a crise.
“Vamos buscar reduzir essa tarifa através de negociação diplomática”, destacou Passos, defendendo uma agenda conjunta para proteger a economia local. A reunião foi a segunda desde o anúncio das tarifas pelo governo Trump, que isentou cerca de 700 itens brasileiros.
