A Polícia Federal (PF) incluiu o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA), o Jonga Bacelar, no radar sobre as investigações sobre o Banco Master. A ligação surgiu após a apreensão, durante operação policial, de um envelope com o nome do parlamentar contendo documentos de um negócio imobiliário.
A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O material se referia a um fundo para construção de um empreendimento em Trancoso, distrito de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. Conforme Bacelar, o presidente do banco, Daniel Vorcaro, preso na operação, o procurou para tratar do assunto.
“Ele me fez uma consulta sobre um imóvel em Porto Seguro, que não se concretizou. Quando o banco começou a entrar em dificuldade, ele pediu mais um tempo para poder exercer a opção. Foi feito um documento dando a opção de compra a Daniel Vorcaro”, disse o deputado ao jornal.
O parlamentar afirmou que enviou as informações solicitadas, mas a transação não avançou. Por causa deste documento, a defesa de Vorcaro ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (28), pedindo o envio de todo o inquérito para a Corte.
Daniel Vorcaro deixou a prisão na manhã de sábado (29), após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Ele saiu do Centro de Detenção Provisória de Guarulhos (SP) por volta das 11h40. Outros quatro executivos ligados à instituição financeira também foram liberados: Augusto Ferreira Lima (ex-CEO e sócio), Luiz Antônio Bull (diretor de Riscos), Alberto Felix de Oliveira Neto (superintendente de Tesouraria) e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva (sócio).
