Salvador tornou-se palco de um capítulo inédito nas relações diplomáticas França-Brasil. Nesta quarta-feira (5), o presidente Emmanuel Macron foi recebido pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) e pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para a abertura do Festival Nosso Futuro França-Brasil: Diálogos com África. O evento, realizado no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), é o primeiro do gênero fora do continente africano e celebra os 200 anos de laços bilaterais.
A agenda do mandatário francês incluiu um tour pelo Centro Histórico, com passagens pela Galeria Pierre Verger, Terreiro de Jesus, onde houve apresentação da banda Didá, e Largo do Pelourinho, recepcionado por grupos como Olodum e Filhos de Gandhy. A comitiva foi acompanhada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, e outras autoridades.
Na cerimônia oficial, o prefeito Bruno Reis deu as boas-vindas a Macron. “Quero dizer que se sinta verdadeiramente em casa. Seja bem-vindo à primeira capital do Brasil, a capital mais negra fora da África. Para a gente, é motivo de muito orgulho receber o presidente francês pela primeira vez na história”, declarou.
O governador Jerônimo Rodrigues reforçou o significado do evento. “A vinda do presidente Macron à Bahia e a escolha do estado para a realização de um festival grandioso como este, reforça o papel da nossa terra como ponte viva entre a África, o Brasil e a Europa. Cenário ideal para essa que é uma celebração da juventude, da cultura e da vocação baiana para o diálogo entre povos e identidades”, destacou.
Em seu discurso, o presidente francês agradeceu a acolhida. “É um enorme privilégio esse calor e essa acolhida que tivemos ao longo de toda essa tarde. Eu não tenho palavras para exprimir o meu sentimento de tão bem que fui recebido aqui hoje”, afirmou Macron, que também encontrou nas ruas da capital “a França da Europa, o Brasil e a África”.
A programação do festival se estende até sábado (8) com debates, mostras de cinema, exposições como “O Avesso do Tempo”, de Roméo Mivekannin, e o Fórum Nosso Futuro, que reúne 300 jovens para discutir temas como sustentabilidade e inclusão. A iniciativa consolida a Bahia como um eixo central para o diálogo cultural entre os três continentes.










