Antes de ser transformada em Sufotur, Bahiatursa fez contratos seis vezes acima do orçamento

Foto: Morgana Sampaio/GOVBA 

Em 2022, último ano em que funcionou ainda sobre o nome da marca Bahiatursa, a Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Sufotur) praticou um orçamento seis vezes maior do que tinha disponível em caixa. As informações são do Metro1.

Naquele ano, a Lei Orçamentária (LOA) previu receita de R$ 38 milhões, mas o órgão ignorou a previsão e firmou contratos que chegaram à casa dos R$ 206 milhões, de acordo com dados do portal da transparência.

Dessa forma, vários dos contratos, foram assinados de forma irregular, já que a legislação não permite tais atos sem que haja dotação orçamentária equivalente à despesa que se pretende executar. 

A maior parte deles se concentrou entre os meses de junho e setembro, com gastos em festas juninas e até em atos de campanha eleitoral. 

Agora em 2023, já sob o nome de Sufotur, a superintendência mantém o mesmo modelo de atuação, com um volume de contratos mais que o dobro do seu orçamento real de R$ 100 milhões, autorizado pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na LOA. 

Somente no período junino, os gatos somaram R$ 194 milhões. Já no Carnaval, a Sufotur injetou outros R$ 90 milhões em cotas de patrocínios e contratação de artistas. 

O governo do estado assinou contratos com fornecedores e artistas que se apresentaram no Carnaval deste ano em nome da Bahiatursa, mesmo depois do órgão ter sido extinto. Porém, os contratos, ficaram com a validade questionada, já que a Bahiatursa não tinha mais representação legal e, por isso, não tinha orçamento.