Um aluno do curso de Medicina Veterinária denunciou um caso de gordofobia em faculdade de Salvador na quarta-feira (10), afirmando que sofreu humilhação durante aula. Ele relatou ter sido direcionado a uma cadeira adaptada para obesos, colocada isoladamente no canto da sala, de cor diferente das demais, o que expôs sua condição aos colegas e gerou constrangimento.
O estudante mencionou que chegou atrasado à aula e, ao procurar um lugar para se sentar, todas as cadeiras comuns estavam ocupadas. Foi então conduzido à cadeira adaptada, colocada no canto da sala, visivelmente separada das outras. Ao se sentar, ouviu olhares, risadinhas e piadas dos colegas. O estudante sofreu crises de ansiedade, não conseguiu prestar atenção na aula e considerou todo o episódio humilhante.
Após o ocorrido, ele registrou queixa na ouvidoria da faculdade. O aluno cogita até trancar o curso. Seu advogado, Ives Bittencourt, afirma que a instituição precisa oferecer recursos de acessibilidade que não apenas existam, mas sejam usados de forma digna, sem reforçar exclusão ou vergonha.
A Lei Brasileira de Inclusão exige que instituições de ensino disponibilizem cadeiras adaptadas, com requisitos mínimos de suporte de peso e espaço adequado, para pessoas com mobilidade reduzida, incluindo as obesas. O advogado argumenta que violar esse direito configura discriminação.
A faculdade informou que vai apurar o ocorrido, oferecer suporte ao aluno e reforçar mecanismos de acolhimento. Declarou que possui todos os recursos de acessibilidade exigidos por lei e segue os indicadores de qualidade educacional.
De acordo com o Correio 24 Horas, a faculdade informou que vai apurar o ocorrido, oferecer suporte ao aluno e reforçar mecanismos de acolhimento.
