O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Jair Bolsonaro no julgamento que pode resultar em sua condenação, afirmou que a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid “não deveria existir” e chamou o militar de “mentiroso”. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (10), antes do início da sessão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Cunha Bueno argumentou que a delação de Cid deveria ser anulada para evitar a criação de um precedente jurídico negativo para o país. Ele questionou a credibilidade do depoimento do ex-ajudante de ordens, que é um dos réus colaboradores no processo que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O julgamento de Bolsonaro no STF continua nesta quarta-feira (10), com a apresentação do voto do ministro Luiz Fux. Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes defendeu a validade da delação de Cid, destacando que a Polícia Federal fracionou os depoimentos em oito partes para demonstrar a consistência da colaboração premiada. De acordo com o portal BNews, o ex-presidente é acusado de integrar o “núcleo crucial” do suposto plano golpista, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
