ACM Neto chama Jerônimo de puxa-saco e Geddel reage

Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil

Após o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), chamar Jerônimo Rodrigues (PT) de “puxa-saco” em meio às movimentações políticas do governador no interior da Bahia, o ex-ministro e cacique do MDB no estado, Geddel Vieira Lima, saiu em defesa do petista. Por meio das redes sociais, nesta terça-feira (1º), o emedebista afirmou que Jerônimo está “fazendo política”.

“Digo isso porque eu vesti um pouco a carapuça. Hoje terei um encontro com o governador, acompanhado do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), integrante de um grupo que, inclusive, votou em ACM Neto nas eleições de 2022 e decepcionado, desiludido, busca conversas com o governo do estado. Não creio que o governador esteja puxando saco do prefeito. Ele vai, através do nosso trabalho, ter uma conversa política com o prefeito. Ouvir as demandas do município, que são muitas, e procurar atendê-las. Esse é o papel de um verdadeiro democrata”, disse Geddel.

Ainda no posicionamento, o ex-ministro relembrou conversas que teve com ACM Neto e Bruno Reis (União Brasil) nas eleições de 2022.

“Eu não entendi que estivesse puxando meu saco o ex-prefeito de Salvador quando constantemente, durante as eleições de 2022, vivia em minha residência tentando obter o meu apoio pessoal e do meu partido para sua candidatura. E olhe que ele sempre vinha acompanhado do prefeito Bruno Reis, que estava no exercício do governo municipal. Estavam eles puxando o meu saco e do MDB? Ou estavam fazendo uma conversa política?”, acrescentou.

Em entrevista para o programa Sociedade Urgente, da Rádio Sociedade, na manhã desta terça-feira (1º), Neto, que tem visto diversos membros da sua base migrarem para o grupo de Jerônimo, afirmou que o petista estaria muito preocupado em “fazer política” e esquecendo da sua gestão.

“O governador fica puxando o saco de políticos, de manhã, de tarde e de noite, fica atrás de prefeitos… É o que acontece e a gente constata isso, o governador fica de manhã, de tarde e de noite fazendo política, não desceu do palanque até hoje, gasta o tempo dele de forma absolutamente sem resultado.[…] Ele puxa o saco de prefeitos, lideres políticos, que ele tenta cooptar, tenta trazer pra debaixo da sua asa, de maneira muitas vezes desrespeitosa e pouco democrática”, disse Neto na ocasião.

Sobre a declaração, Geddel afirmou que a visão do ex-prefeito é “hereditária”. “Afinal de contas ele é neto do velho Antônio Carlos Magalhães (ACM), que passou a vida toda babando o ovo dos generais na ditadura”, concluiu.

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