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Lollapalooza é acusado de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão

 Lollapalooza é acusado de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão

Foto: Divulgação

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Nesta sexta-feira (24) cinco trabalhadores foram resgatados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em situação análoga à escravidão na montagem do festival de música, Lollapalooza, que acontece em São Paulo. Conforme informações do órgão, os homens não estavam registrados e dormindo entre fardos de bebidas, sobre pallets e colchonetes, em tendas que foram montadas dentro do espaço.

Os homens relataram que a jornada de trabalho no local era cerca de 12 horas diárias e o pagamento era R$ 130 por dia. Uma parte dos trabalhadores começaram a trabalhar no dia 16 e outra no dia 17 de março. O serviço duraria até o dia 29, com a desmontagem do evento.

Através de uma nota, a T4F, empresa responsável pelo Lollapalooza, relatou que a empresa terceirizada Yellow Stripe descumpriu uma regra e teve seu contrato rescindido.

Confira a nota:

“A T4F, responsável pela organização do Lollapalooza Brasil, tem como prioridade que todas pessoas envolvidas no evento tenham as devidas condições de trabalho garantidas e, portanto, exige que todas as empresas prestadoras de serviço façam o mesmo.

Nesta semana, durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho no Autódromo de Interlagos, foram identificados 5 profissionais da Yellow Stripe (empresa terceirizada responsável pela operação dos bares do Lollapalooza Brasil), que, na visão dos auditores, se enquadrariam em trabalho análogo à escravidão. Os mesmos trabalharam durante 5 dias dentro do Autódromo de Interlagos e, segundo apurado pelos auditores, dormiram no local de trabalho, algo que é terminantemente proibido pela T4F.

Diante desta constatação, a T4F encerrou imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe e se certificou que todos os direitos dos 5 trabalhadores envolvidos fossem garantidos de acordo com as diretrizes dos auditores do Ministério do Trabalho.”