O ex-vereador Carlos Bolsonaro divulgou um vídeo inédito do ex-presidente Jair Bolsonaro soluçando sem parar, classificando o quadro de saúde do pai como “muito grave”. A publicação foi feita em suas redes sociais nesta sexta-feira (12).
No texto que acompanha as imagens, Carlos Bolsonaro relata que hesitou em compartilhar o registro, mas concluiu que não poderia mais omiti-lo. “É doloroso demais encarar aquilo que meus próprios olhos veem diariamente quando estou com ele”, escreveu.
Segundo seu relato, o ex-presidente enfrenta refluxo constante, dificuldades de locomoção e risco frequente de broncoaspiração, quando conteúdo gástrico atinge os pulmões. “Ele precisa de cuidados especiais 24 horas por dia, e sua condição só piora”, afirmou.
O filho de Bolsonaro alerta que os episódios registrados não são os mais críticos e que há um “risco real e imediato” para a vida do ex-mandatário. Ele defende que, sem a assistência médica necessária, o cenário pode se tornar uma “tragédia anunciada”.
Moraes manda PF fazer perícia no ex-presidente
Na última terça (9), a defesa do ex-presidente afirmou ter havido piora em seu quadro de saúde. Os advogados pediram que ele seja liberado da prisão para realizar uma cirurgia de hérnia inguinal, que está relacionada a crises de soluços constantes.
Os advogados também voltaram a pedir a Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar. Segundo a defesa, o ambiente prisional é incompatível com a condição de saúde do ex-presidente. “A prisão domiciliar é modalidade de cumprimento de pena destinada àqueles cuja prisão em regime fechado pode colocar em risco sua integridade física por motivos médicos”, alega a defesa.
Segundo os advogados, são necessários de cinco a sete dias de internação num hospital particular de Brasília para que Bolsonaro realize o procedimento cirúrgico.
O ministro do STF determinou nesta quinta-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro realize uma perícia médica, no prazo de 15 dias, para averiguar a necessidade de uma cirurgia solicitada pela defesa. Na decisão, Moraes menciona que Bolsonaro passou por exames antes de ser preso em 22 de novembro, quando não foi verificada nenhuma necessidade de intervenção cirúrgica urgente.
O ministro frisou ainda ter disponibilizado atendimento médico em tempo integral ao preso. Desde a prisão, “não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com Bolsonaro”, acrescentou Moraes.
