O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), reforçou as tratativas com a Prefeitura para assegurar o início das obras de restauração do Cine Excelsior. O imóvel histórico, destinado a sediar o novo plenário legislativo, foi alvo de um Inquérito Civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) na semana passada, que pede intervenções urgentes para evitar riscos de desabamento.
A presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, responsável pelo projeto, afirmou que laudos técnicos descartam perigo iminente à estrutura. “Após uma vistoria feita esta semana, passamos a preparar uma licitação emergencial, para que possamos fazer o escoramento provisório do local, garantindo a integridade do equipamento, até que a obra total seja executada”, detalhou o superintendente de Obras Públicas, Orlando Castro.
Projeto do novo plenário avança
Conforme Scofield, etapas como escaneamento e sondagem do prédio já foram concluídas. “A situação lá dentro é precária, mas a gente está aproveitando, inclusive, a estrutura no projeto”. O próximo passo, após a finalização do projeto em análise pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), será a fase de orçamento e licitação para iniciar a intervenção completa, que incluirá a recuperação de vigas, telhado e treliças metálicas.
O projeto do futuro plenário, apresentado aos vereadores no último dia 10, prevê um espaço com galeria superior para 130 pessoas. Muniz garantiu que o Executivo municipal segue as recomendações do MPF. “Vistorias já foram feitas tanto pela Sucop quanto pela Defesa Civil, para que não haja risco algum para a implementação do projeto”, afirmou.
Mudança temporária da sede
A previsão é que os trabalhos legislativos sejam transferidos provisoriamente para o antigo prédio do TRT, no Comércio, durante os 18 meses estimados para a execução da obra, que tem aval do Iphan. A recuperação do patrimônio histórico é o objetivo central do acordo entre as instituições.











