Região Nordeste cresce mais que Sul e Sudeste nos últimos 10 anos

 Região Nordeste cresce mais que Sul e Sudeste nos últimos 10 anos

Foto: Reprodução / Secom

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A região Nordeste quebrando todos os preconceitos e estereótipos que são dados, teve um crescimento econômico maior que as regiões Sul e do Sudeste.. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) mostram que, entre 2002 e 2020, a área aumentou cerca de 2,2% ao ano, contra 1,7% das duas outras áreas.

Porém, mesmo com esse crescimento, todos os estados nordestinos estão entre os dez menores níveis de PIB per capita do país. Para melhor entender esses números e contradições sobre a economia nordestina, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), irá implantar na região, ainda neste primeiro semestre, o Centro de Desenvolvimento do Nordeste, com sede em Fortaleza, no Ceará.

A pesquisa também mostra que, passado o período restritivo da pandemia de covid-19, em 2020, a economia nordestina mostrou aumento nos anos seguintes. O Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste teria passado de uma queda de 4,1% em 2020, para crescimentos de 3,5% em 2021 e de 3,4% em 2022. Já o PIB brasileiro saiu de queda de 3,3% em 2020 para uma alta de 5,0% em 2021 e avanço de 2,9% em 2022. 

Enquanto o Brasil cresceu, em média, 8,0% no biênio 2021-2022, a Região Nordeste avançou 7,0%, resultado superior apenas ao do Norte, que expandiu 6,1%, calculou o Ibre/FGV. Os demais avanços no biênio foram de 8,4% para o Sudeste; 8,2% para o Sul; e 8,6% para o Centro-Oeste.

“Com o objetivo de reduzir as enormes desigualdades socioeconômicas entre as regiões, é importante que se mude esse cenário, com o crescimento mais robusto da região. É necessário que sejam adotadas políticas públicas que potencializem a economia regional e consiga fazer com que a redução das disparidades com relação às demais regiões do país sejam minimizadas de forma mais rápida”, defendeu o levantamento feito por Juliana Trece e Claudio Considera, pesquisadores do Ibre/FGV.