O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a versão do Projeto de Lei Antifacção aprovada pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18), classificando-a como um retrocesso no enfrentamento ao crime organizado. A proposta, relatada pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), foi alvo de duras ressalvas do chefe do Executivo em suas redes sociais nesta quarta-feira (19).
Lula afirmou que o texto, em sua forma atual, “enfraquece o combate ao crime organizado e provoca insegurança jurídica”. Ele foi direto ao declarar que “trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei”. Em sua publicação, o presidente reafirmou o compromisso do governo com uma agenda legislativa que “fortaleça as ações da Polícia Federal, garanta maior integração entre as forças de segurança e amplie o trabalho de inteligência para enfrentar as facções nos territórios onde elas tentam se impor, mas especialmente para atingir as estruturas de comando que sustentam e financiam seus crimes”.
A estratégia do Planalto agora se concentra no Senado Federal, onde a matéria será analisada sob a relatoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Entre os objetivos do governo para a nova etapa de tramitação estão a retirada do conceito de “organização criminosa ultraviolenta” e a recomposição do modelo de financiamento da PF.










