Duas fotos registradas em uma mesma janela de um centro empresarial, localizado no Caminho das Árvores, ilustram a desigualdade social observada em Salvador. A primeira capital do país apresenta a 17ª pior renda domiciliar per capita do Brasil, com cada soteropolitano dispondo de R$ 1.770,35 mensais.
O valor supera em apenas 8% a média nacional de R$ 1.638, colocando a cidade atrás de todas as capitais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de ficar pior posicionada que Recife, Aracaju, Natal e João Pessoa no próprio Nordeste. Os dados são do Censo Demográfico 2022 sobre Trabalho e Rendimento, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último mês de outubro.
O levantamento do IBGE confirma as profundas desigualdades regionais do país. As sete capitais com as menores rendas per capita são todas das regiões Norte e Nordeste, com Manaus (AM) ocupando a última posição nacional (R$ 1.284,70). Por outro lado, as cinco primeiras colocações são dominadas por capitais do Sul (Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba) e Sudeste (Vitória), além de Brasília.
Confira o ranking:
1. Florianópolis (SC) – R$ 3.636,13
2. Vitória (ES) – R$ 3.351,64
3. Porto Alegre (RS) – R$ 3.203,31
4. Curitiba (PR) – R$ 3.137,92
5. Brasília (DF) – R$ 2.999,18
6. Belo Horizonte (MG) – R$ 2.748,85
7. São Paulo (SP) – R$ 2.713,36
8. Goiânia (GO) – R$ 2.668,80
9. Rio de Janeiro (RJ) – R$ 2.515,32
10. Cuiabá (MT) – R$ 2.428,24
11. Recife (PE) – R$ 2.284,77
12. Palmas (TO) – R$ 2.260,00
13. Campo Grande (MS) – R$ 2.088,31
14. Aracaju (SE) – R$ 2.087,74
15. Natal (RN) – R$ 2.049,37
16. João Pessoa (PB) – R$ 1.879,00
17. Salvador (BA) – R$ 1.770,35
18. Fortaleza (CE) – R$ 1.668,98
19. Belém (PA) – R$ 1.668,52
20. Maceió (AL) – R$ 1.605,60
21. São Luís (MA) – R$ 1.595,48
22. Teresina (PI) – R$ 1.559,89
23. Porto Velho (RO) – R$ 1.459,81
24. Rio Branco (AC) – R$ 1.436,00
25. Boa Vista (RR) – R$ 1.399,00
26. Macapá (AP) – R$ 1.313,17
27. Manaus (AM) – R$ 1.284,70
