Em sua primeira declaração como integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, o senador Jaques Wagner (PT) defendeu uma mudança na política de segurança pública. Para ele, a estratégia mais eficaz passa por atingir o patrimônio dos criminosos. Instalada nesta terça-feira (4) e presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), a comissão terá 120 dias para investigar a atuação de milícias e facções como PCC e Comando Vermelho. O colegiado também apurará as fontes de renda e a infiltração desses grupos no poder público, propondo depois novas leis de enfrentamento.
“Instalamos hoje a CPI do Crime Organizado no Senado Federal e estamos focados no objetivo central: estudar, aprofundar o tema e construir soluções que contribuam para que a sociedade brasileira tenha mais tranquilidade e segurança. Defendo uma nova abordagem na política de segurança pública, baseada no uso integrado da inteligência e no combate ao financiamento do crime organizado. A parte do corpo que mais dói é o bolso, e é nele que precisamos focar para enfraquecer as facções”, disse o petista nas redes sociais.
Ainda sobre o tema, Wagner citou operações policiais na Bahia como exemplos de sucesso. “Na Bahia, temos exemplos concretos desse caminho: a Operação Freedom, realizada hoje, e a Operação Primus, em outubro. Ambas efetuaram prisões importantes, desarticularam o núcleo financeiro de ações criminosas e se mostraram muito mais eficientes do que missões que resultam em tantas mortes, colocando em risco os policiais e a comunidade. É esse o caminho que vou defender na CPI do Crime Organizado, presidida pelo competente senador Fabiano Contarato, para que possamos juntos enfrentar essa chaga que virou o crime organizado no nosso país.”











