A operação de segurança pública mais letal da história do Rio de Janeiro, que resultou na morte de 60 suspeitos e quatro agentes, nesta terça-feira (28), gerou questionamentos públicos por todo o Brasil. Em Salvador, o comediante baiano Mateus Buente usou suas redes sociais para comparar a violência do crime organizado à letalidade da ação policial.
Em publicação na rede social X, feita um dia após o governo estadual confirmar o balanço do confronto nos complexos da Penha e do Alemão, o humorista indagou: “Quando foi que o tráfico matou 60 pessoas de vez?”. O questionamento repercutiu negativamente na rede social, com internautas destacando a violência de facções no próprio Rio de Janeiro e até em Salvador.
“Se vc contabilizar a galera que morre direta e indiretamente por causa do tráfico diariamente, acho que passa disso. Contabiliza aí mortes por que o tráfico matou, a venda de drogas pesadas e a galera morrendo de overdose, famílias dos viciados e as pessoas que morrem assaltadas por viciados”, comentou um internauta.
“Aqui em Salvador o tráfico está matando mais que isso todo mês!”, escreveu outro usuário do antigo Twitter. Buente respondeu com outro questionamento: “Aí você não acha mais perigoso que Polícia e Traficante se comportem de forma parecida?!”.
O episódio, que começou como uma operação de rotina, transformou-se no confronto com o maior número de vítimas fatais. A forte repercussão do caso ganhou novos contornos após moradores da Penha levarem 44 corpos para uma praça local na madrugada de quarta-feira (29), em um protesto silencioso contra a intensidade da ação.
