Por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (9), o líder do MDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, “soltou o verbo” ao reafirmar apoio total à recondução do senador Jaques Wagner (PT) ao Congresso, acusando adversários de orquestrar uma conspiração para afastar o petista da disputa majoritária de 2026.
O emedebista defendeu a candidatura do aliado, classificando-a como “natural, legítima e justa”. A manifestação ocorre no momento em que se especula sobre uma movimentação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para alterar a composição da chapa.
Segundo as rumores, a proposta em discussão substituiria Wagner por Angelo Coronel (PSD), mantendo na disputa apenas o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o próprio Rui Costa. A medida teria o objetivo de prevenir desgastes na base aliada.
Geddel recordou sua trajetória ao lado do senador, citando o apoio já consolidado na campanha vitoriosa de 2006. Ele ressaltou que, mesmo após uma ruptura política em 2010, sempre preservou o relacionamento pessoal com Wagner.
Sobre os que articulam nos bastidores, o emedebista se disse profundamente desapontado. “Ao ouvir sussurros de quem deveria agradecer a Wagner em vez de conspirar contra ele”, declarou, confessando que “passo a gostar mais ainda dos meus cachorros”.
“Meu partido partirá para a luta com entusiasmo no ano que vem, tendo Jaques Wagner disputando a reeleição da vaga que tem honrado no Senado”, afirmou.
Ele também prometeu defender sua posição publicamente, sem participar de conluios ou “cafuas e pés de escada”.
Confira a declaração de Geddel:
“Em 2006, eu era um nome consolidado na política baiana, com forte influência nacional. Fiz um acordo político de apoio a Wagner numa eleição em que nem o Presidente Lula acreditava na vitória. Pessoalmente e partidariamente, temos a noção da nossa importância no sucesso que obtivemos então.
Eu e Wagner cumprimos nossos compromissos mútuos. Em 2010, uma série de desencontros levou ao nosso afastamento; os resultados mostraram que ele estava certo e eu errado, paguei preços altíssimos. Como nunca nos ferimos pessoalmente, pudemos reconstruir nossa relação política e nos reencontramos pessoalmente.
Gosto de Wagner, reconheço seu talento, mas não o fiz, nem ele me fez politicamente. Hoje, quando vejo sussurros de que políticos baianos, que por dever de decência deveriam inverter o dito popular e orar agradecendo a Wagner no céu e Deus na terra, por ter obtido sucesso na vida pública, me entristeço e passo a gostar cada vez mais dos meus cachorros.
Meu partido partirá para a luta com entusiasmo, no ano que vem, tendo Jaques Wagner disputando a reeleição à vaga que tem honrado no Senado. Por quê? Porque é justo, é correto, é decente. Ou será que a legitimidade que todos têm de apresentar seus pleitos permitiria que alguém desejasse, no PT, rifar Lula? Quem tem o direito à reeleição deve, com o apoio de todos, exercer esse direito.
Não entender isso me custou caro em 2010; erros, só novos, repetir os velhos é burrice. É, como convictamente penso, é pelo que ardorosamente vou lutar e, sempre como faço, com clareza, nitidez, assumindo riscos; não frequento cafuas ou pés de escada, não tenho mais idade para participar de conspiratas.”













