Um piloto preso pela Polícia Federal afirmou que o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, é um dos proprietários de quatro aeronaves de alto valor utilizadas para transportar chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi divulgada pelo portal UOL nesta quinta-feira (18).
O depoimento é de Mauro Caputti Mattosinho, de 38 anos, que trabalhava para a empresa Táxi Aéreo Piracicaba. Ele relatou que seu chefe apontava o político como líder de um grupo que tinha “muito dinheiro que precisava gastar” e, por esse motivo, teria participado da aquisição das aeronaves.
Segundo a PF, Mattosinho foi detido ao retornar de uma viagem ao Uruguai, realizada pouco antes do início de uma operação conjunta com a Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo. A corporação estima que o piloto tenha feito pelo menos 30 voos transportando os líderes da facção Mohamad Hussein Mourad, o Primo, e Roberto Augusto Leme da Silva, o Beto Louco.
Entre os aviões citados no depoimento estão um Raytheon Aircraft (R$ 13 milhões), um Cessna 560 XL (R$ 25,5 milhões), um Gulfstream 200 (R$ 23,5 milhões) e um Cessna 525A (R$ 13,7 milhões), todos comprados em 2024. Mattosinho também afirmou que Rueda desejava adquirir um quinto jato, avaliado em R$ 53,7 milhões.
Por meio de sua defesa, o presidente do União Brasil negou veementemente as acusações. Ele admitiu já ter fretado aeronaves, mas afirmou que não participou da compra de nenhum dos veículos mencionados.