A construção da Ponte Salvador–Ilha de Itaparica, maior ponte rodoviária submersa da América Latina, está oficialmente programada para começar em junho de 2026. O anúncio foi feito pelo secretário da Casa Civil, Afonso Florence, durante apresentação do projeto na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta quarta-feira (17).
Com investimentos que vão além da estrutura principal, o empreendimento promete revolucionar a mobilidade e impulsionar a economia baiana. O cronograma estabelece a entrega total do sistema para junho de 2031.
O projeto abrange um conjunto de intervenções, incluindo a implantação de túneis e viadutos em Salvador para conectar a ponte à Via Expressa e avenidas importantes. No lado da Ilha de Itaparica, em Vera Cruz, estão previstas uma nova rodovia e a duplicação de trechos da BA-001. Uma plataforma de apoio provisória terá suas obras iniciadas em maio de 2026, um mês antes do começo da construção efetiva da ponte.
Com extensão de 12,4 km sobre a Baía de Todos-os-Santos, a estrutura se conectará ao Terminal São Joaquim, em Salvador, e à região da Gameleira, em Vera Cruz. A expectativa é de geração de sete mil empregos diretos e benefícios para cerca de 10 milhões de baianos.
O superintendente de planejamento da Seinfra, Mateus Dias, detalhou a fase atual do projeto: “Nós fizemos uma apresentação geral do projeto da ponte. Hoje, a gente está na fase de licenciamento. Um procedimento que é previsto nessa fase são as escutas às comunidades tradicionais da ilha e, além disso, a apresentação de estudos e demandas do Instituto de Meio Ambiente (Inema), que é o titular desse licenciamento. E acreditamos que estamos dentro do cronograma, pois devemos iniciar as obras da ponte, propriamente dita, em junho de 2026”.
Para gerir o empreendimento, foi criada a Secretaria Estadual para Assuntos do Sistema Rodoviário (Seponte), que cuidará provisoriamente do projeto até sua transição para uma Parceria Público-Privada (PPP). Florence ressaltou a importância do apoio legislativo: “Apresentar o projeto à Assembleia é uma oportunidade que nós consideramos estratégica para a estabilidade institucional da condução do mesmo, que é também estratégico para Bahia”.
