A ministra Cármen Lúcia, da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), apresentará nesta quinta-feira (11), a partir das 14h, seu voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O placar atual é de dois votos a um pela condenação. Como três votos formam maioria no colegiado, a posição da magistrada pode consolidar a condenação de Bolsonaro e de outros réus ligados ao núcleo central da tentativa de golpe de 2022.
Após a manifestação de Cármen Lúcia, será a vez do ministro Cristiano Zanin se pronunciar. Até agora, o Supremo já tem maioria formada para condenar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. A definição das penas está prevista para a sessão desta sexta-feira (12).
Em junho de 2023, Cármen Lúcia foi responsável pelo voto que formou maioria no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tornar Bolsonaro inelegível. Em março de 2025, ao votar pelo recebimento da denúncia da PGR contra o ex-presidente e outros acusados, a ministra destacou que houve, de fato, uma tentativa de golpe.
De acordo com o portal UOL, a magistrada considerou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República traz elementos suficientes para justificar a condenação.
