População protesta em enterro de jovem morto por guardas

Foto: Reprodução

Entre sexta-feira (25) e este sábado (26), a cidade de Santaluz, no interior da Bahia, foi palco de um protesto emocionado durante o enterro de Marcelo Silva Santos, 33 anos, morto após ser agredido por guardas municipais durante a festa de aniversário de 90 anos da cidade. Familiares, amigos e moradores se reuniram para exigir justiça e o fim da violência policial, carregando cartazes com frases como “Marcelo, presente!” e “Basta de brutalidade”.

O caso ocorreu no último dia 19, quando Marcelo foi atingido por vários golpes de cassetete durante uma ação dos guardas para dispersar o público próximo a um trio elétrico. Vídeos gravados por testemunhas mostram o momento da agressão e o socorro prestado por bombeiros civis e pelos próprios agentes. O jovem ficou internado por cinco dias no Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo na quarta-feira (24).

Na quarta-feira, um primeiro protesto reuniu dezenas de pessoas no centro da cidade, e o clima de indignação se repetiu durante o sepultamento. “Ele não estava armado, não oferecia perigo. Foi assassinado covardemente”, desabafou uma familiar, em lágrimas, ao G1. A prefeitura informou que os guardas envolvidos foram identificados e afastados, além de ter aberto um processo interno para apurar a conduta dos agentes.

O caso foi registrado na delegacia local como lesão corporal seguida de morte. Os guardas alegaram que agiram durante uma “briga generalizada”, mas testemunhas contestam a versão, afirmando que Marcelo não reagiu às agressões.

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