Assédio sexual: Mais de 20 mulheres relatam episódios com sócio de restaurante
Depois que as famílias de três adolescentes denunciaram por assédio sexual, um dos sócios do restaurante 33 Steak House, em Salvador, outras vinte e nove mulheres decidiram denunciar também episódios de assédio por parte do acusado.
“Eu e Judith (irmã de uma das vítimas), após ser divulgado na mídia, recebemos contato de diversas meninas que passaram por isso”, informou ao Correio, Paloma Portela, 37, mãe de uma das meninas, que disse ter sido procurada, também, por, ao menos, quatro ex-funcionárias do acusado
Segundo ela, foi contada por uma ex-funcionária que trabalhou com ele há mais de 12 anos e durante esse tempo, já vinha cometendo esse tipo de ação. Ainda de acordo com ela, o número pode ser maior, já que as mulheres que a procuraram, conhecem outras vítimas. “Essas pessoas que denunciaram falaram que conhecem outras, de diversas idades”, disse.
Relato
Em relato ao Correio, Verônica (nome fictício), 42 anos, há três anos, em março de 2020, foi ao restaurante sozinha. Segundo ela, o acusado se aproximou e pediu para sentar na mesa, mesmo ela negando o pedido, ele não desistiu e insistiu em uma conversa.
“Como era sexta-feira, pedi um gin. Aí, esse Pedro se aproximou e pediu licença pra sentar na minha mesa”, afirmou ela. O pedido do homem foi negado, mas ele não desistiu. “Aí, falou: ‘Tá passeando?”, ao que ela respondeu que tinha ido realizar alguns pagamentos e procurar emprego.
“Perguntou se eu queria trabalhar pra ele, e eu disse que ‘não’. Aí, pedi pra ele se retirar, porque eu tava esperando uma amiga”, continuou o relato. Segundo ela, instantes depois, o acusado tentou passar a mão numa de suas pernas. “Aí, eu peguei e empurrei ele.” Depois disso, o empresário continuo insistindo, chegando a colocar a mão nas partes íntimas dele fazendo gestos.
Relembre o caso
Um dos sócios do 33 Steak House, está sendo acusado de ter assediado três adolescentes menores de idade, na sexta-feira (3), no restaurante localizado no Salvador Shopping, na capital baiana.
As famílias das meninas denunciaram o caso nas redes sociais e por meio de nota, a assessoria do restaurante informou que o acusado já foi afastado das suas atividades e que está colaborando com as investigações.