Bolsonaro financiou Eduardo nos EUA, dizem agentes da PF

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de financiar uma ação que ameaçou a soberania do Brasil e a independência dos Poderes. Investigadores afirmam que o esquema teve “efeitos concretos”, incluindo retaliações comerciais impostas pelos EUA durante o governo Trump.

Foram cumpridos mandados de busca na residência e no gabinete do ex-presidente, no Rio de Janeiro. Bolsonaro recebeu medidas preventivas, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de contato com diplomatas. Segundo a PF, há risco de “eventual fuga” do país.

O ex-presidente teria admitido ter destinado R$ 2 milhões a uma operação liderada por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. O objetivo seria pressionar autoridades brasileiras e ministros do STF.

Investigadores da PF afirmaram ao jornalista Valdo Cruz, da GloboNews que o ex-mandatário foi “parte central” do esquema, com impactos reais contra o país. A referência ao “tarifaço” de Trump confirma, segundo os agentes, a interferência externa incentivada pelo grupo.

Ao G1, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”.

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