As vendas para o exterior, do Estado da Bahia, totalizaram US$ 5,30 bilhões no primeiro semestre de 2024, uma redução de 1,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do aumento de 3,7% no volume exportado, a retração nos preços das principais commodities – com exceção do café e derivados de cacau – pressionou o desempenho comercial.
Segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), os preços médios dos produtos baianos caíram 4,9% no mercado internacional. Enquanto isso, as importações recuaram 19,4%, somando US$ 4,53 bilhões, reflexo da desaceleração econômica e da redução de 24,7% no volume adquirido.
Setores em destaque
A indústria foi a principal responsável pela queda, com retração de 11,8%, especialmente em refino (-24,8%), produtos químicos (-26,3%) e papel e celulose (-3,4%). Por outro lado, o agronegócio cresceu 10,3%, impulsionado por algodão, café e cacau, enquanto a mineração avançou 7,8% devido à valorização do ouro.
Mercados internacionais
A China, principal destino das exportações baianas (23,6% do total), registrou queda de 7,7% nas compras, influenciada pela desvalorização dos preços. Já os EUA tiveram recuo de 1,2%, mantendo um déficit comercial de US$ 774,5 milhões com a Bahia. Em contrapartida, as vendas para a América do Sul cresceram 24,7%, com destaque para a Argentina (+20%).
Balança comercial positiva
O estado fechou o semestre com superávit de US$ 770,4 milhões, revertendo um déficit de US$ 249,5 milhões em 2023. A corrente de comércio, no entanto, encolheu 10,6%, somando US$ 9,83 bilhões.