Durante sua viagem à China, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) teve reuniões cruciais com o consórcio responsável pela construção da Ponte Salvador-Itaparica. As empresas apresentaram demandas inesperadas, que foram discutidas e parcialmente resolvidas, reacendendo as esperanças de que as obras comecem ainda neste mandato.
Uma das preocupações do consórcio chinês foi a descoberta de uma rocha excessivamente maleável durante sondagens na Baía de Todos-os-Santos. Caso isso eleve os custos, o valor do contrato será reavaliado.
“Eles estavam preocupados porque encontraram, na sondagem, uma rocha mole, que faria gastar mais. Eles perguntaram: se for uma rocha muito mole e eu tiver que gastar mais, vai ser corrigido? Claro que sim. O que a sondagem apresentar como qualquer dificuldade, o termo não inviabiliza a correção”, explicou Jerônimo em entrevista ao Jornal A Tarde.
Outro obstáculo é a burocracia para emissão de vistos de trabalho para engenheiros chineses. “Eles pedem agilidade no visto para os engenheiros chineses virem, porque a fila está muito grande”, afirmou o governador.
Além disso, o consórcio solicitou um aporte adicional de R$ 1,5 bilhão do Banco do Nordeste (BNB). “Eles pedem apoio no sentido de mais investimentos do Banco do Nordeste. O BNB botou R$ 3 bilhões. Eles querem mais R$ 1,5 bilhão para poder dar a arrancada na ponte”, revelou Jerônimo.
Jerônimo já articulou uma reunião entre o BNB e as empresas chinesas, além de buscar alternativas com o Novo Banco de Desenvolvimento (BRICS), presidido por Dilma Rousseff. “Como o banco do BRICS tem sede na China, é mais fácil resolver com as empresas lá. Perguntei se ela tinha como receber essas empresas e analisar se tem condições de aportar mais R$ 1,5 bilhão. Ela disse que pode mandar procurá-la, que ela vai analisar. Se estiver dentro do quadro, por lá ela resolve”, concluiu.