Varejo baiano apresenta estabilidade no 1º trimestre

Foto: Ascom/SEI
As vendas do comércio varejista baiano permaneceram relativamente estáveis no mês de março de 2025 (-0,2%), frente ao mês imediatamente anterior. Já o varejo nacional apresentou leve crescimento nos negócios (0,8%). A taxa de março resultou em leve recuo do varejo baiano no primeiro trimestre (-0,5%), ao passo que no contexto nacional arrefeceu o ritmo de crescimento (1,2%).
Com relação à análise mensal, na comparação com março de 2024, foi observada a interrupção de uma sequência de resultados positivos na Bahia (-5,6%) e no Brasil (-1,0%). Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE) e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
A estabilidade no sazonal resulta do consumo moderado disseminado entre as faixas de renda mais baixas da população, ante à piora da inflação de alimentos e da alta dos juros, o que compromete a situação financeira das famílias. No resultado mensal, o comportamento das vendas se justiça devido à realização do Carnaval, verificado nos primeiros dias do mês, e que, apesar de dinamizar o setor de serviços, não trouxe a mesma dinâmica para o comércio, pois alguns estabelecimentos foram fechados durante o festejo, devido ao efeito base, já que em igual mês do ano passado houve crescimento nas vendas na ordem de 10,6%, e ao fato da comemoração da Semana Santa ter ocorrido em abril, ao invés de março como verificado em 2024.
Em março, na análise das atividades, observa-se que a retração verificada nas vendas na comparação com o ano passado foi resultado do comportamento dos segmentos de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-8,5%), levando em consideração o seu peso de contribuição para o setor, seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,5%) e Móveis e eletrodomésticos (-5,7%). A influência positiva veio do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com a taxa de 10,1%.
No comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motocicletas, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas na Bahia se mantiveram estáveis (0,7%) em relação ao mês imediatamente anterior. Na comparação a igual mês do ano anterior, o recuo foi de 7,1%, resultando em queda de 2,5% no trimestre.
Esse movimento foi influenciado pelo comportamento do restrito, mas também pelo resultado de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo e de Materiais de construção que registraram recuos nas suas vendas: -23,1% e -5,6%, respectivamente. Em relação ao segmento de Veículos, motocicletas, partes e peças houve crescimento de 2,8%, embora em ritmo reduzido.

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