O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou nesta quinta-feira (15) o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão, que reacende uma disputa jurídica envolvendo o comando da entidade, nomeia interinamente Fernando Sarney, um dos vice-presidentes, com a missão de convocar novas eleições “o mais breve possível”.
Essa é a segunda vez que o dirigente baiano é removido do cargo. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, mas Ednaldo conseguiu retornar à presidência cerca de um mês depois.
O afastamento mais recente tem como base um documento datado de janeiro de 2025. O texto, assinado supostamente por diversos membros da cúpula da CBF, como o ex-presidente Rogério Caboclo e os vices Fernando Sarney, Castellar Guimarães Neto, Gustavo Feijó e Antônio Carlos Nunes (Coronel Nunes), visava dar legitimidade ao mandato de Ednaldo, encerrando litígios anteriores sobre sua eleição. No entanto, surgiram dúvidas sobre a autenticidade da assinatura de Coronel Nunes.
Segundo a decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, a assinatura em questão pode ter sido falsificada. Um laudo pericial reforça essa suspeita, apontando indícios de que o ex-presidente não teria assinado o documento de forma legítima. Além disso, o magistrado também considerou a “incapacidade mental” de Nunes como fator determinante para a nulidade do acordo.
Fernando Sarney e a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) já haviam acionado o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a legalidade do mandato de Ednaldo, argumentando que a assinatura de Nunes não era verdadeira.
