PF apura fraudes em contratos da pandemia em Camaçari

Foto: Divulgação/Prefeitura de Camaçari

Na manhã desta quarta-feira (7), a Polícia Federal deflagrou a Operação Virulência, com o objetivo de investigar possíveis irregularidades em contratos emergenciais firmados pela Prefeitura de Camaçari durante a pandemia de COVID-19, sob a gestão do então prefeito Elinaldo Araújo (União Progressista).

As investigações apontam para suspeitas de fraudes em processos de dispensa de licitação e desvio de recursos públicos destinados à contratação de serviços e insumos médicos. De acordo com a PF, duas empresas teriam apresentado propostas fraudulentas para beneficiar uma terceira, que foi contratada para realizar reformas estruturais e atendimento médico-hospitalar em uma unidade de saúde municipal.

No entanto, os serviços foram executados por terceirizadas, o que levanta indícios de intermediação indevida e simulação contratual com o objetivo de desviar recursos públicos. A empresa contratada teria recebido mais de R$ 5,6 milhões da gestão municipal, sendo identificado um superfaturamento de R$ 1,4 milhão, equivalente a 26% do valor total pago, conforme análise técnica realizada pela PF.

A operação contou com a participação de 29 agentes federais e resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens, nas cidades de Salvador e Camaçari. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal da Bahia, que também determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 2,1 milhões em ativos dos investigados.

Os envolvidos poderão responder por crimes como fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e organização criminosa, conforme os indícios reunidos ao longo das investigações.

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