O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se pronunciou de forma cautelosa sobre a recente união entre a facção baiana Tropa do A e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria sido celebrada com queima de fogos em diversos bairros de Salvador. Questionado sobre o avanço das facções na cidade, o governador afirmou que está focado em fazer sua parte.
“Eu trato do meu papel, eles cuidam do deles. Estou fazendo concurso, abrindo capacitação, comprando equipamento, entregando armamento. Minha palavra é essa. […] Eu falo da minha parte, eles cuidam da deles, porque eu estou em cima dessa ação”, disse Jerônimo em entrevista ao portal Comunidade On.
Com o novo arranjo, o PCC passa a absorver a Tropa do A, assumindo o controle do tráfico em regiões como São Marcos, Pau da Lima, Jardim Cajazeiras e Sussuarana. Uma fonte da polícia alertou que a aliança pode intensificar confrontos armados na capital, especialmente com a facção rival Comando Vermelho (CV), que anteriormente era aliada da Tropa.
Originada no bairro de São Caetano, a Tropa do A é uma das principais facções do estado e já esteve envolvida em episódios como a rebelião na Penitenciária Lemos de Brito, em Mata Escura. O grupo também ficou conhecido por adotar a imagem do personagem Mickey como símbolo entre seus integrantes.
